Um rio com pouca água disponível para diluir poluentes apresenta desafios próprios. Nesse contexto, não basta medir apenas parâmetros pontuais; é necessário pensar em indicadores capazes de mostrar como o sistema responde ao longo do tempo. O oxigênio dissolvido, por exemplo, varia ao longo do dia e é sensível tanto à fotossíntese quanto à respiração dos organismos. Já os nutrientes inorgânicos apontam o risco de eutrofização, enquanto a turbidez e a presença de sólidos suspensos revelam efeitos imediatos de descargas. A escolha de pontos de coleta e da frequência de amostragem também é estratégica: ao comparar áreas a montante, no ponto de mistura e a jusante, torna-se possível interpretar o efeito real do efluente sobre o rio.